Campo da Esperança
Há alguns dias estive no cemitério da minha cidade. O pai de uma amiga havia falecido. Para alcançar o jazigo onde o corpo seria sepultado, tive de atravessar um extenso gramado cravejado de plaquetas de metal com nomes e datas escritos em cada uma delas.
Impossível não notar em vários pontos do lugar o nome do local.
“Cemitério Campo da Esperança”.
Já tinha ido ali várias vezes. Entretanto ainda não tinha despertado para a ironia do título.
Como é estranho ligar a Esperança à morte. Já que a morte é a total falta de esperanças.
É a sentença definitiva e irrevogável.
O corpo começou a baixar na sepultura. Na mesma proporção o som dos murmúrios foi crescendo. Comecei a buscar algum vestígio de esperança naquela cena. Em cada rosto tristeza. Em alguns desespero. Nos coveiros indiferença. Nos filhos dor.
Foi quando de forma inesperada encontrei.
Achei esperança em meio a um funeral. Ela estava serena e tranqüila, envolvida em couro nas mãos do jovem sacerdote que oficiava a cerimônia.
Uma bíblia.
Enxuguei as lágrimas com as costas das mãos e olhei para cima.
O céu estava azul.
Recitei baixinho:
“Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro; depois, nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor.” 1Ts 4.16,17
Para muitos os cemitérios são lugares que representam o fim.
No entanto para os que estão no Senhor. São apenas Campos de Esperança onde o corpo dos salvos docemente espera o momento de se encontrar com o Salvador.
Pense Nisso.
Já estou refletindo sobre isso. Que texto bom! Parabéns “book man”. Abraços
Palavra (post) tremenda! Que a nossa esperança esteja sempre no Senhor. God bless, meu brother!